Registros Violentos! Comentários sobre Seiya II
Senhores do estafe! Confiamos Seiya aos seus cuidados!! Água mole em pedra dura tanto bate até que fura… Surge o segundo volume da coletânea de comentários preciosos, uma seção que ouviu os veteranos e os novatos do universo do anime, homens forjados por uma pertinácia indestrutível!!
Queremos que vocês prestem atenção nas opiniões sinceras prospectadas no lugar onde tudo acontece, vozes que encampam as agruras e as alegrias da confecção do anime!
Hiroshi Takeda — Produtor Executivo
“Também há muitas pessoas apaixonadas por Seiya no estafe.”
Seiya consiste na força do mangá e nos personagens do senhor Araki (Shingo) e, uma vez que existem componentes como os cenários do estúdio Mukuo, não há como negar o impacto elevado do senhor Morishita (Kōzō), que refina esses elementos naquele estilo, mas creio que se trata de uma produção obtida pela sinergia dessas várias forças.
A minha função, de encarregado da produção, se traduz na coordenação de toda a operação concernente à realização, ou melhor, mais propriamente no gerenciamento de todos os passos compreendidos entre o recebimento dos roteiros dos produtores do planejamento e a finalização do filme preliminar.
Como podem imaginar, trata-se da pessoa que determina a equipe a cargo da operação em si e se incumbe da inspeção do progresso dos trabalhos e coisas do tipo; no entanto, no caso de Seiya, como utilizam efeitos especiais e fazem coisas extremamente trabalhosas na área da fotografia também, até mesmo produzir conforme o cronograma é bastante complicado.
Mas isso não significa que podemos estourar o orçamento e, em meio a essa coordenação, às vezes acabo entrando em conflito com o pessoal da direção de episódios e outros profissionais. (Risos.)
Contudo, se não puderem gastar seu tempo, eles não podem criar grandes cenas. Como existem aspectos sem os quais não seria a produção de nome Seiya de forma alguma, nessas partes, são utilizadas mais técnicas avançadas em setores como a fotografia do que nas outras produções.
Consequentemente, o fato de conseguirmos uma produção deste nível se deve à existência de um monte de pessoas apaixonadas por Seiya dentro do estafe, não é verdade? Na animação, no acabamento…
No entanto, exatamente por haver pessoas assim, há o fator de eu também estar fazendo pedidos bem impossíveis, não é? Recentemente, o filme do verão… aquilo foi difícil, viu? Como se trata de uma produção que fizemos simultaneamente à série de TV, na etapa final da elaboração, já acabei preso no trabalho por 3 ou 4 dias, passando as noites na empresa… (Risos.)
Ainda assim, trabalhando dessa forma, já ultrapassamos 100 capítulos e, mesmo na direção dos episódios, vêm surgindo jovens profissionais por meio da substituição dos diretores do início. É uma coisa auspiciosa, não é verdade? Entre as produções das quais fui encarregado até hoje, Seiya não apenas é o trabalho que fez mais sucesso, mas penso que também é o que me marcará mais profundamente.
Em relação ao conteúdo, o Ikki é o personagem de quem gosto mais. Quando nos perguntamos se ele não vai aparecer, ele surge, não é mesmo? (Risos.)
Aquela coisa de filmes de época… Como sou do tipo que sequer consegue assistir a 47 Rōnin sem chorar (Risos.), mesmo que saiba a conclusão, me deleito com o padrão, entende? É que adoro trabalhos como Yabure Gasatō-Shū, que eu fazia na TV… (Risos.)
Toshio Shirai — Diretor de Fotografia
“Uma série de TV com qualidade comparável à das produções para o cinema.”
Apesar de fazer as mesmas fotos, Seiya é uma produção que demanda paciência, entende? Quando a transmissão óptica (efeito especial para a expressão da luz) é alta, uma só sequência chega a comportar 3 ou até 4 modalidades do recurso. Então, fazemos um trabalho bem complexo. Afinal, na direção de episódios da série, ninguém se satisfaz com efeitos ópticos que meramente brilham… (Risos.)
De fato, há ocasiões em que temos 1 ou 2 sequências por dia. Não se fazem tantas assim numa série de TV convencional, não é mesmo? (Risos.)
Não existe uma diferença substancial entre as coisas que estou fazendo em Seiya e o que se faz numa produção para o cinema, sabe? Ainda por cima, as dificuldades também variam de acordo com os personagens que fotografamos… Creio que o mais complicado de todos seja o Hyoga. Pois tem neve e cristais de gelo flutuando, a armadura cintilando e efeitos de difusão óptica em cada um dos quadros, não é mesmo? Ele e o Shiryu… Como eram particularmente trabalhosos, esses dois eram odiados… (Risos.) Apesar de ser o contrário na votação dos fãs comuns, não é verdade? (Risos.)
Por outro lado, o Seiya é o mais fácil. Mas, nesse filme recente (do verão), houve umas sequências do Meteoro de Pégaso, não é? Mesmo enquanto fotografava, eu gostei bastante dos efeitos e tudo mais… Além disso, também há o fato de a qualidade da fotografia ficar tão boa quanto os belos desenhos, não é verdade? Não admira que, também no que se refere à forma de tirar fotos, meu objetivo é fotografá-las de forma tão bela quanto os desenhos.
Quando os desenhos do senhor Araki (Shingo) chegam, além de ser arrebatado pelas imagens em si, o processo fotográfico flui melhor, não é? (Risos.)
Em contrapartida, quando estou fazendo as fotos, mesmo que eu me afaste do trabalho e fique vendo um anime, isso não acontecerá. Em vez de acompanhar a história, acabo vendo apenas os desenhos, e minha atenção acaba se desviando para quesitos como a inspeção da qualidade da fotografia… (Risos.)
A despeito das dificuldades que acabei de mencionar, vamos supor, por exemplo, que haja fotos da cosmoenergia característica de Seiya… Embora aquele efeito, similar a uma aura, leve bastante tempo, eu o recebo com o sentimento de que o pessoal da direção deve utilizá-lo porque também está se esforçando daquela forma.
No caso dos animes, é comum que o nível se deteriore em 1 temporada (13 episódios), mas Seiya não apenas mantém a qualidade; o nível da série como um todo, incluindo a fotografia, está subindo, não é?
Fazendo uma produção assim, ainda que seja difícil, nós também temos o sentimento de que não podemos pegar leve, entende?
Hiroshi Kimura — Diretor da Columbia Records
“O momento de trocar a música do tema sonoro foi complicado.”
Quando falamos do estrato de fãs de Seiya hoje em dia, apregoamos em alto e bom som que se trata de um público incrivelmente extenso, mas, 2 anos atrás, quando lançamos um disco com a música-tema pela primeira vez, não podíamos antever que faixa de idade haveria de se tornar o público-alvo; assim, se fosse instado a falar, lembro-me de que estávamos inseguros, sabe? Acho que eu posso contar agora, que se tornou um grande sucesso… (Risos.)
Então, foi decidido que faríamos uma coisa ousada, tentando com uma rock band. Convidamos algumas bandas aspirantes e, no fim, a escolhida foi a Make-Up.
Com os arranjos também sendo de autoria deles, não surpreende que tenha feito tanto sucesso que até eu mesmo fiquei surpreso, mas, em abril deste ano, foi determinado que mudaríamos o tema musical, e isso foi um martírio, sabe? É por esse motivo que trocar uma canção de sucesso de uma produção exitosa é um risco.
Embora as preparações para a música tenham começado por volta de dezembro do ano passado, como a banda Make-up, infelizmente, acabou se dissolvendo, chamamos o Matsuzawa (Hiroaki), que era o líder do grupo, para os arranjos e, com o Kageyama (Hironobu) no vocal, finalizamos o novo tema.
Como ele fatalmente seria comparado com o tema anterior logo de saída, havia uma tremenda pressão… Mas a reação foi positiva, não é?
Levando em conta que havíamos pedido ao maestro Yokoyama (Seiji) que se encarregasse do resto da trilha sonora desde o início de Seiya, estando familiarizado com a excelsitude que provém da suntuosidade das canções, do estilo das melodias do maestro e tal, eu já estava tranquilo nesse sentido, entende?
Numa nova empreitada com a orquestra, a próxima fase, a “saga de Posseidon”, vai ter um concerto de bandolins, sabe? Tendo a música clássica como base, faremos uso da qualidade dos próprios instrumentos acústicos, sem recursos eletrônicos…
Além disso, sendo aprazível por contar também com um quê de ritmo pop, a despeito de sua relação simbiótica com as imagens, a música não apenas evoca o tempero dos desenhos, mas também agrada aos ouvidos quando apreciada de forma independente. De fato, não há muitos compositores como o maestro Seiji Yokoyama, não é verdade?
E também, em virtude do grande interesse do pessoal do estafe, a exemplo dos produtores e demais profissionais, as músicas foram muito bem utilizadas dentro da produção; então, é um alívio quando conseguimos entregar a trilha sonora mais apropriada para o trabalho, entende?
É por isso que, embora eu pense que a música também tenha evoluído constantemente, quando comparamos com o início, a forma de produção do anime, seguindo a expansão do estrato de fãs, também se aperfeiçoou ainda mais. Sinceramente, sinto que acabamos chegando a um ponto em que não podemos voltar atrás, não é?
Michi Himeno — Character Designer
“Em contraste com os mechas lineares, ajustamos as armaduras mediante curvas.”
Apesar do privilégio de ser encarregada do character design do anime ao lado do senhor Araki (Shingo), no meu caso, eu avançava da seguinte forma: primeiro, o senhor Araki tinha a bondade de me fazer um rascunho, depois eu o finalizava, completando os detalhes finais.
No que concerne às armaduras, haja vista o meu apreço pessoal por vestimentas, não tive tantos problemas com o design e coisas do tipo, sabe? Como há muitos seriados com mechas retilíneos entre os programas de anime, fizemos o uso deliberado de curvas para ajustar as armaduras, ou melhor, ainda que as chamemos de indumentárias, tentamos fazê-las de forma que transmitissem uma sensação de aderência direta à pele…
Se eu fosse compelida a dizer qual das armaduras consumiu mais tempo de trabalho, acho que seria a do Docrates, que tinha muitos ornamentos… E não foram apenas as fichas de criação; também era terrível na hora de desenhar as imagens-chave. (Risos.)
Contudo, quando se fala dos cavaleiros, há momentos em que penso se as faces não seriam ainda mais sólidas que as armaduras, sabe? (Risos.)
Quando estou assistindo à difusão televisiva, ainda que não consiga ver de forma objetiva os episódios que eu mesma desenhei (Risos.), desfruto todos os outros sem nenhum problema.
Entre as personagens femininas, a Marin e a Shaina são interessantes à sua própria maneira, mas estão sempre de máscara, não?… (Risos.) Penso que a Shunrei é a que daria a melhor noiva.
Quanto à ala masculina, antes o Ikki era fantástico, mas agora suas falas estão cafonas. Como posso dizer… ele até mesmo tem sido salvo pelo Shun, não é verdade? (Risos.) O Shun também é o Shun; fica chamando o irmão mais velho até do outro mundo… (Risos.)
Em vez deles, tenho gostado de personagens como o Kiki. Tipos um pouco diferentes, como o Jamian, também são os meus prediletos.
Como se poderia esperar de uma série na qual estou atualmente envolvida, mesmo na qualidade de obra, estou muito apegada a Seiya.
Se tivesse de apontar uma parte memorável que fiz, apesar de acabar se tornando uma cena penosa, seria a parte que a armadura dourada de Sagitário é envergada pelo Seiya no primeiro trabalho para o cinema. Adicionando minuciosamente as sombras, cores e afins a cada unidade, as imagens-chave, só naquela cena, somaram umas 40 peças. Se incluirmos as imagens intermediárias, no total, aquela cena chega a algo em torno de 180 folhas de desenho. “É o Inferno!” — foi o que todos nós pensamos naquelas horas… (Risos.)
Minoru Ōkouchi — Cenografista
“Mesmo quando a animação se eleva, o cenário deve ficar impassível.”
Quando falamos do trabalho nos cenários, nas ocasiões em que é rápido, desenhamos 20 ou até mesmo 30 imagens por dia, mas, como também há ocasiões em que desenhamos 1 imagem por dia, não existe um padrão.
Embora seja menos experiente que o Shikano, em Seiya, eu não desenho os cenários como fotos; eu o faço esperando que, ao ser refletido pela TV, caso se trate de uma árvore, o desenho seja visto como algo que se pareça com uma árvore.
No caso do conteúdo da série, por exemplo, é comum que o volume de desenhos se intensifique com a passagem para a segunda metade dos episódios, mas, nessas horas, no que tange ao cenário, é complicado apertar o passo.
Afinal, desenhar com a maior serenidade, sem provocar uma sensação de estranheza, é a missão da cenografia.
Yoshiyuki Shikano — Cenografista
“A simples variação das cores do céu no lapso de meio dia da saga das 12 casas possui uma infinidade de matizes.”
No que se refere ao cenário de Seiya, acho que há umas 2 centenas de imagens por episódio; no entanto, como nós dois dividíamos o trabalho de desenhá-las, depois que entramos na “Epopeia do Anel Dourado”, eu e o Ōkouchi fomos encarregados do cenário, integrando o estafe principal.
Como o setor que chamamos de cenário também deve representar coisas como imagens e a passagem do tempo, mesmo na saga das 12 casas… ainda que seja apenas a coloração do céu, expressamos a transição da tarde para a noite das 12 horas nas quais a fase se passa por meio do desenho de uma infinidade de variações.
Além disso, uma vez que até o mesmo lugar varia sutilmente de acordo com a pessoa que o desenha, uniformizar tal diferença é algo ainda mais importante que a função de desenhar em si.
Hiromichi Matano — Diretor de Episódios
“O meu mundo acabou mudando ao fazer Seiya.”
A primeira vez que me engajei na direção de um episódio de Seiya foi no capítulo 64, “Jovens! Confio Atena a seus Cuidados”, mas, além de ter sido muito difícil ir introduzindo outras formas de derrotar a turma de Seiya, o número de sequências também era demasiado elevado…
Considerando que, no meu episódio seguinte, o capítulo 68, eu pude me concentrar nas partes em que deveria mostrar o Afrodite de forma espalhafatosa, comparado a isso, aquele primeiro foi um inferno, sabe… (Risos.)
Apesar disso, também aconteceu um fato inusitado no episódio 68: sabe-se lá o porquê, nenhum animador homem conseguia desenhar rosas direito… (Risos.)
No que se refere aos cinco protagonistas, não é que o Hyoga não seja totalmente maneiro; ele tem aspectos que não entendi direito…
O Saga, por outro lado, eu entendo claramente; e também, como vocês podem imaginar, vilões singulares e afins são mesmo mais fáceis de operar. Até pensei que talvez pudesse haver mais um episódio nos capítulos finais da saga das 12 casas.
Saint Seiya é a maior produção com a qual já lidei, o apogeu da minha carreira. Pelo fato de ter trabalhado com todo o afinco até agora, também se tornou um ponto de virada, digo. É por isso que, graças a esta produção, meu mundo acabou se transformando de uma hora para outra… (Risos.)
Afinal, há também a influência do senhor Morishita (Kōzō), que determinou a rota de Seiya; e, como tenho tido o privilégio de receber vários de seus ensinamentos, eu me vejo como um pupilo dele.
No entanto, como ainda existem muitas e muitas partes que me levam a pensar que deveria ter feito as coisas de uma forma diferente ao assistir às exibições prévias, as lamúrias têm sido uma constante… (Risos.)
Katsumi Minokuchi — Diretor de Episódios
“Se eu puder mudar por intermédio do trabalho, será uma grande recompensa.”
Eu embarquei em “Seiya” na saga das 12 casas e, como o universo da obra já estava estabelecido, não pensei tanto assim no método de direção, compreende? É claro que, apesar disso, o período específico de adaptação à produção foi complicado.
Por algum motivo, enquanto trabalhava, alguém frequentemente morria nas lutas (Risos.), a exemplo do primeiro episódio que dirigi, o 58, no qual o Shaka e o Ikki morrem juntos, e o episódio 67, que tem o acerto de contas entre o Camus e o Hyoga…
Depois de entrarmos na Epopeia do Anel Dourado, também fiz o capítulo em que o Thor é derrotado pelo Seiya, mas fiquei com a impressão de que não entendi completamente aquele episódio 77; há uma parte de mim que diz que foi insuficiente, sabe?
Talvez seja porque os personagens que compõem o foco da história se alternam em dois ou três episódios, mas, nas vezes em que dirijo, vira e mexe, caem os mesmos personagens. É por isso que os capítulos em que o Hyoga aparece são a maioria, sendo também, comparativamente, um personagem mais fácil de fazer.
Se tiver de apontar um personagem difícil de entender, no meu caso, talvez seja o Shiryu. Sinto que é o mais prudente; ao passo que o Seiya é simplório… (Risos.)
Ainda não posso me dar ao luxo de acompanhar o show em função dos personagens, mas, como não é possível escapar do universo de Seiya, significa que o que é demandado pela série não é fácil, não é?
Mesmo pensando que o trabalho com animes é realmente muito difícil, acho que, se eu puder mudar por causa deles, será uma grande recompensa.
Masahiro Hosoda — Diretor de Episódios
“Quero que vejam o Shun ‘virar homem’ sem falta.”
Acho que, em Seiya, há o atrativo de que, se não fosse um anime, não poderíamos representar as lutas em si, não acham? Por gostar disso, Seiya é a produção mais apropriada para mim também.
As lutas são batalhas mortais, é claro, mas, por se tratar de uma fantasia, ou melhor, sendo uma ficção científica, vistas de fora, são belas… É por isso que tenciono continuar mostrando a série desta forma.
Particularmente, o Seiya é o meu personagem predileto, mas, geralmente, acabo sendo encarregado da direção de episódios em que o Shun aparece. O Shun é um personagem que, à primeira vista, é fraco; no entanto, na verdade, ele é mentalmente forte e, mesmo no que diz respeito ao cosmo, ele é aquele que mais o possui, não?
Com isso, sinto que, enfim, tenho conseguido entender os sentimentos do Shun em relação à luta nos últimos tempos.
Agora já estou engajado na direção de episódios da saga de Posseidon, mas estou me certificando de atrair os oponentes ao mundo do Shun e fazer com que lutem dentro desse universo. Nesse sentido, é perfeito para um anime… Em outras palavras, creio que podemos representar o mundo fantástico de Seiya. É por isso que ficarei feliz se o Shun passar a conseguir seus próprios combates, sem ser salvo pelo Ikki.
Incutindo na produção o ponto de vista individualizado de tal personagem, quero expressá-lo de forma clara e, quando ele vier a lutar, pretendo fazer algo pirotécnico, vistoso o bastante para deixar a tela toda branca…
Mas, antes de tudo, quero que vejam a consolidação do Shun como homem. (Risos.)