Chegando às lojas no dia 21 de dezembro de 2002, o primeiro volume da coleção de DVDs lançada pela Bandai Visual compilou os 24 episódios iniciais do seriado televisivo. Além dos capítulos remasterizados, o volume vinha acompanhado de uma publicação especial de 24 páginas. Contendo uma enciclopédia ilustrada dos personagens, o livreto trazia inestimáveis informações dos bastidores da série, uma mensagem exclusiva do mestre Kurumada, esboços conceituais e um catálogo de miniaturas da linha Saint Cloth.

   A publicação também brindou os fãs com o registro de aparição dos personagens, a primeira parte da discografia da série, a filmografia dos episódios ínsitos na caixa e duas entrevistas imperdíveis — os bate-papos com o célebre diretor e produtor Kōzō Morishita e com o ator Tōru Furuya, antigo dublador do Cavaleiro de Pégaso.

Booklet do Pegasus Box [Saint Seiya]

 

Masami Kurumada

 

Nota ao Lançamento da Coleção DVD-Box

    Por ter sido a minha primeira obra transformada em acetato, até hoje lembro de cada detalhe da primeira vez que foi ao ar, um dia antológico, em outubro de 1986. Diferente do mangá, tudo tinha cores… Como tornei a me encantar com o poder de expressão da imagem, adornada com as músicas e efeitos sonoros…

   Parando para pensar agora, por ter arregimentado a mais competente equipe de produção que se possa imaginar, era mais que natural que a série se tornasse um programa de sucesso. Creio que também não seria nenhuma surpresa que essa popularidade se propagasse por vários países além-mar.

   Como autor do mangá, nada me deixaria mais feliz do que ver vocês revivendo aqueles dias em seus corações com estes DVDs, um tempo em que todos estavam em chamas.

2002 — dia não especificado

Detalhes da Produção

Introdução ao Pegasus Box

    O período compreendido entre 1985 e o primeiro semestre de 1986 foi crítico para a indústria da animação japonesa. Isso ocorreu porque os animes de robôs, uma espécie de carro-chefe dos desenhos da década de 80, entraram em declínio. 

   Animes como Gundam (1979), expoente máximo das séries de robôs realísticos, também partilhavam do mesmo destino. O público-alvo, que havia se tornado a base da audiência, passou a ser cooptado por segmentos de nicho, como o dos OVAs, episódios produzidos diretamente para o mercado de vídeo.      

   Com a situação difícil se estendendo até mesmo ao campo da audiência, as vendas dos produtos ligados aos programas também estagnaram. Esse fenômeno foi especialmente desesperador para os fabricantes de brinquedos que vendiam artigos derivados das séries.      

   A dificuldade de vender os produtos acarretou a impossibilidade de patrocinar os programas, e as vozes que apregoavam a teoria da restrição dos animes de mechas passaram a ser sussurradas nos mercados interno e externo.  Consequentemente, o espaço minguou. Em 1983, a TV transmitia mais de 10 animes do gênero; contudo, eles não passavam de 4  produções no ano de 1985.  

   Outro fenômeno da época, a disseminação dos consoles domésticos permitiu que os personagens dos videogames passassem a dançar no palco dos heróis das telas de TV, contribuindo para o colapso dos animes televisivos.    

Paixão nacional, o gênero dos mechas, inaugurado pelo mestre Mitsuteru Yokoyama em 1956, entrou em declínio em meados dos anos 80 em virtude da superexposição e do advento de novas mídias

   Nessa conjuntura, os planos para a veiculação de um novo programa no outono de 1986 vêm à luz pelas mãos da Tōei Dōga (atual Tōei Animation para futuras referências) e da TV Asahi. A grade de exibição seria aos sábados, às 7h da noite.   

   Naqueles tempos, na região de Kantō, era transmitido no mesmo horário o Manga Nippon Mukashibanashi (1976), um programa de grande  audiência da TBS, e o desafio das companhias consistia em engendrar um conteúdo hercúleo para fazer frente a essa célebre atração.

Consistindo em historietas baseadas no folclore japonês, a segunda versão do Nippon Mukashi Banashi, exibida entre 1976 e 1994, possui mais de 1.450 episódios, capítulos com cerca de 10 minutos de duração

   Como o horário das 19 horas também havia sido a grade na qual os heróis de live-actions auferiram ótima receptividade para a TV Asahi no passado, o projeto visava a uma produção com grande heroísmo. Assim, a escolha recaiu sobre Saint Seiya, obra que viera ao mundo nos dois primeiros volumes de 1986 da antologia semanal Shōnen Jump, numa edição combinada.      

   O autor da obra original era o famoso mangaka Masami Kurumada, que já havia se tornado uma espécie de “autor-fantasma” para a indústria dos animes, haja vista os incontáveis boatos acerca da conversão de seus populares trabalhos anteriores em anime, histórias que nunca se materializavam. Dessa forma, Saint Seiya acabaria sendo seu primeiro mangá transformado em acetato.     

   Uma vez que a transposição de Saint Seiya para o anime começou a se desenvolver imediatamente após o início da publicação, a Tōei Dōga realizou os sucessivos ajustes com a emissora e os patrocinadores desde os estágios preliminares.     

   Em junho de 86, meio ano após o começo da publicação, uma oferta foi feita ao autor, e a produção foi oficialmente determinada. Em julho, o script do primeiro episódio foi encomendado.

   Quando levamos em conta que o primeiro encadernado do mangá só foi lançado em setembro de 1986, é possível compreender que a conversão em anime se deu em tempo recorde, numa velocidade sem precedentes até mesmo entre os outros títulos oriundos da Jump.     

   Como o projeto e a publicação do mangá  se iniciaram simultaneamente, ainda que os documentos do planejamento aventassem a aparição de Ikki e seu séquito de fênices negras como o grupo de antagonistas, foi retratada “a disputa entre os 10 cavaleiros pela armadura de ouro na Guerra Galáctica” (ao que parece, a imagem dos 10 cavaleiros de bronze estampando os materiais promocionais, a abertura, o encerramento e demais veículos publicitários remonta aos eventos serializados na época do projeto).

Pôster publicitário da época da difusão. Não apenas os 5 principais mas também os 5 cavaleiros de bronze remanescentes foram representados. Pode ser considerado o primeiro croqui a representar a imagem do período do planejamento

   Considerando que o anime televisivo Saint Seiya era uma produção extrínseca a todas as categorias de animação existentes, séries que gravitavam em torno de mechas, comédias, histórias de bruxinhas e conteúdos do gênero (falamos de tempos em que mesmo a palavra “fantasia” era insueta), o projeto foi levado adiante ao ser rotulado para os patrocinadores como uma extensão dos animes de robôs, ou com a percepção de que se tratava de um substituto para os animes de robôs.   

   Por essa razão, o senhor Kōzō Morishita, profissional reconhecido pela direção de animes protagonizados por mechas e produções de ação, foi escalado para a função de diretor-chefe. Engajado num trabalho em cooperação com o exterior, o sr. Morishita era exortado por uma gana extraordinária de voltar a realizar uma produção direcionada ao mercado interno.

Pôster produzido no introito da terceira temporada [a partir do episódio 27]. Apresentando em grande escala os cavaleiros de aço, personagens novos, tornou-se uma imagem que destoava da história original

   Embora tenha arregimentado a força dos veteranos em postos-chave da força-tarefa de diretores de episódios, o diretor-chefe tomou a atitude proativa de delegar poderes a uma equipe de jovens diretores. Além disso, a produção contou desde o início com uma estrutura especial, absolutamente impensável para as séries de TV convencionais, recursos que permitiram a implementação de um novo mecanismo de processamento de máscara na composição óptica bem como diversas benesses do tipo.      

Sob o comando do senhor Morishita, o estafe galáctico da série desenvolveu uma nova tecnologia de processamento óptico para retratar os efeitos luminosos dos trajes e a resplandecência do cosmo

   Conforme o esperado, a imagem final da animação arrebatou não apenas as crianças, o público-alvo, mas até mesmo o nicho de fanáticos por animação. A produção ficou famosa da noite para o dia, num verdadeiro piscar de olhos.

As armaduras que aparecem no programa não se limitaram a um grande sucesso; elas estabeleceram um novo conceito como categoria de brinquedos, o da “brincadeira de armaduras”

Kōzō Morishita

ENTREVISTA Nº 1 — O DIRETOR DA SÉRIE

 

 “(…) eu tencionava expressar o poder dos quadrinhos da obra original no formato do anime.”

— O senhor pode nos contar como se deu seu envolvimento nesta obra?    

Como ingressei na obra?… Antes de participar da série, eu estava engajado numa produção conjunta com o exterior, um trabalho chamado Transformers: O Filme; e, como o iene também havia sofrido uma maxidesvalorização, os recursos eram abundantes, razão pela qual foi uma produção incrivelmente extravagante, sabe?    
O orçamento era de tal magnitude que podíamos gastar de forma inexaurível.  Com isso, pudemos construir uma composição de tela consideravelmente alta, nos dando ao luxo de também lançar mão de uma infinidade de experimentos para esmerar as demais nuances, não nos atendo somente às cenas de ação das batalhas.     

Como o período de realização dessa obra foi bastante longo, eu também tive a oportunidade de engendrar várias ideias em relação à confecção da produção. Naquela época, eu ficava matutando: “Será que não daria certo se eu levasse esta quantidade de tensão para as produções direcionadas ao Japão? ”    

Por esse motivo, a época das conversas acerca da transposição de Saint Seiya para o anime suscitou em mim a vontade de  experimentar todas as coisas que eu havia elucubrado até então. Além do mais, eu também estava chegando ao meu auge, tanto em idade quanto profissionalmente.     

A voltagem dessa tensão aparece também na abertura. Mesmo com o advento da computação gráfica e os recursos de hoje em dia, não creio que seja possível reproduzir o filme daquela abertura.  Ainda que o mesmo também valha para o orçamento, que mandei para a estratosfera… (Risos.)  

Uma obra-prima da animação, a primeira abertura do seriado é um exemplo lapidar do talento do senhor Morishita e dos mestres Araki e Himeno 

— O que o senhor sentiu quando foi incumbido de fazer Saint Seiya?       

Primeiro, li o mangá e logo consegui identificar o charme da obra, a parte mesmerizante do trabalho. Não é algo concreto; chamo de compatibilidade?… Era um sentimento que dizia: “Nesta obra, poderei testar tudo que vim cultivando durante a confecção das produções anteriores!”

Apesar disso, tive dificuldades para coadunar essas ideias com uma produção real. Como Saint Seiya era um conteúdo de ação de estilo absolutamente inovador, quebrei a cabeça nisso. Porque, diferente dos programas de esporte, não havia nada que pudéssemos usar como paradigma.

Sendo assim, após o início dos trabalhos no primeiro episódio, tive várias reuniões com o senhor Shingo Araki, do character design, e com o senhor Tadao Kubota, do design artístico, para determinar, sobretudo, como representar o Meteoro de Pégaso e questões do tipo.  

Eu mesmo usei dramas históricos e faroestes como referência para pesquisar o tempo e a distância entre os oponentes.  A ação durante a história era também a minha grande obsessão.     

Os desenhos do mestre Kurumada nos permitem sentir o que se oculta até mesmo no interior dos cabelos… Eu queria representar o poder dos quadrinhos originais em anime. Foi por isso que, em vez de mover os personagens aleatoriamente, utilizei apenas o vaivém das cabeleiras para produzir a tensão… 

Também no encerramento, podemos nos deleitar com um leiaute que infunde um acachapante sentimento de grandiosidade e com o vaivém das cabeleiras ao vento

— Acho que a colorização dos exuberantes cavaleiros também foi um dos pontos altos da produção animada, não? 

Eu visava essa parte… que se tornasse um formato absolutamente inovador. É por isso que, no lugar das duas cores habituais, aplicávamos um sombreamento com 3 gradações nas armaduras e demais artefatos. Mas, ao fazer isso, o pessoal da colorização acabava querendo jogar a toalha. No entanto, eu não poderia ver o que estava à frente se não o fizesse.

Sem ultracrepidarismo ou falsa modéstia, me orgulho do fato de este trabalho ter mudado os conceitos em relação às cores das produções animadas.   

Baseando-se num processo de matização com 3 gradações para elevar a textura, o acabamento das armaduras propiciou a consecução de uma imagem com grande densidade de informações

Além disso, cônscio da sua profundidade, inclusive no que tange ao cenário, me pergunto se a existência dessa parte também não seria um dos motivos de não sentirmos tanto o peso da idade, mesmo quando visto hoje em dia.

  — Podemos depreender que vocês estavam cientes da rota original que estabeleceu um público-alvo de menor idade no início do projeto, não é verdade? 

De fato, no estágio do planejamento, a faixa etária visada era a do público infantil. Mas, como aspirávamos à consecução de uma qualidade elevada, talvez o anime também tenha cooptado um público de idade mais avançada que o desiderato do projeto.     

Além disso, à medida que fazíamos o projeto avançar, havia em todo o estafe o consenso de levar a série no mesmo fluxo do mangá no estágio inicial.     

Eu pude perceber que a série era popularmente conhecida quando vi as crianças da vizinhança imitando a coreografia do Pó de Diamante do Hyoga, lá pela difusão do oitavo episódio. 

A ação excelsa que caracterizou o anime continuou sendo utilizada de forma maciça na segunda metade da série, quando as armaduras mudaram

— Para encerrarmos, existe algum episódio que o tenha marcado mais? 

Como vocês já devem imaginar, a abertura, o encerramento e o primeiro episódio. Além disso, embora tenha participado da saga de Asgard como produtor, penso que fomos capazes de mostrar originalidade para não violar a imagem do mangá. Para isso, nós todos nos enclausuramos e deliberamos sobre os detalhes. Nesse sentido, as  reminiscências são mais marcantes, sabe? 

Com a aplicação astuciosa de várias técnicas além do processamento com pincéis, as cenas de batalha se converteram em tomadas assombrosas

— Muito obrigado por nos atender hoje. 

2002 — entrevista concedida no  escritório central da Tōei Animation

 

Tōru Furuya 

ENTREVISTA Nº 2 — O DUBLADOR DE SEIYA DE PÉGASO

 

 “’Isto aqui é uma luta com espadas de verdade, é matar ou morrer! Não vou perder para o senpai!’ — eu dublei com este pensamento.”

— Para começar, gostaríamos que o senhor nos contasse como se envolveu na produção.

Obviamente, foi por intermédio de uma audição, mas o formato consistia em organizar times com cerca de 10 pessoas, fazendo cada uma delas representar um papel diferente. O papel do Seiya já havia sido definido para mim, assim como o papel do Suzuoki, que estava no mesmo time, e  os papéis dos demais dubladores. 

Como eu também lia a Jump naqueles tempos, fui à audição a caráter, fantasiado de Seiya. É uma política própria, meu ritual de construção dos personagens. Afinal, é mais fácil encampar a personalidade dos personagens e, além disso, também acaba se tornando um apelo para angariar a simpatia do pessoal do estafe, não é verdade?    

Mas, na realidade, como eu era fã do Shiryu (Sorriso amargo.), me submeti à audição com o coração cortado. Eu ficava pensando “Ah, eu quero mesmo é fazer o Shiryu…” (Risos.)      

No entanto, ao ouvir o Shiryu do Suzuoki na audição, até mesmo eu consenti: “De fato, o Suzuoki está perfeito…” (Risos.)  

Seiya é salvo por Shiryu, de quem o sr. Furuya também é fã. A amizade com os companheiros foi enfaticamente retratada

— Na hora de dublar, havia algum aspecto ao qual o senhor devotava uma atenção especial ou coisa do tipo?

Até então, eu vinha fazendo os heróis sempre na mesma linha… Colocando em outras palavras, eu pensava “Para este, o estilo do Hyūma serve, não?”

É que havia bastantes pontos em comum. Quanto ao Seiya, é uma história que diz que, não importa quantas vezes seja derrubado no fundo do poço, em nome de sua amizade com Shiryu e os demais, ele se inflamará e subirá rastejando, não é verdade? As configurações e cenários eram diferentes, mas havia segmentos que os ligavam pela parte sentimental.

Depois que o papel foi decidido, solicitei vários materiais sobre o personagem. O produtor da TV Asahi era tão dedicado que reuniu para mim todos os dados que conseguiu coletar, desde documentos do planejamento e tudo mais.      

Os produtores da Tōei Animation também eram assim. Eu tenho a sensação de que todo o contingente envolvido na obra Saint Seiya estava queimando seu cosmo ao extremo. Cada pessoa em sua posição, sabe?  

— O senhor poderia nos dizer qual foi seu episódio favorito durante a produção?    

O meu preferido… a luta com o Aiolia. O episódio em que o Seiya arrisca a vida para proteger a Shaina. Aquela é a cena de que mais gosto. É que eu acho galante (Risos.) e também gosto tremendamente da voz do senhor Hideyuki Tanaka, que faz o papel do Aiolia.       

Por esse motivo, eu dublei com um pensamento fixo: “Isto aqui é uma luta com espadas de verdade, é matar ou morrer! Não vou perder para o senpai!”

E o senhor Hideyuki me honrou correspondendo a essa competitividade… Naquele momento, enquanto cruzávamos as nossas espadas — as nossas falas —, foi um episódio no qual minha alma exultou: “Estou feliz por fazer animes!”

Não admira que, por causa do embate, o interior do estúdio parecesse uma arena de artes marciais. Afinal, um veterano sem igual estava atuando como convidado. Quando isso acontecia, eu dublava com uma coisa em mente: “Vou lutar contra essa pessoa e roubar alguma técnica valiosa dela!” 

Seiya luta contra Aiolia, o mais poderoso dos cavaleiros dourados. Também é a cena favorita do senhor Furuya

É por isso que a qualidade da produção se elevou nessas ocasiões. Sempre que havia oportunidades como essa, nós todos nos orgulhávamos da produção, partilhando da convicção de que aquele não era só mais um anime comum. Nós pensávamos “Sou um felizardo por aparecer nesta produção”, sabe?  

— Creio que esses “duelos” entre os atores sempre transpareceram na tela em histórias como a das 12 Casas…  

Isso mesmo. E não falo das minhas cenas. Por exemplo, em tomadas como aquelas do duelo entre o Hyoga e o Camus, eu ficava no fundo, ouvindo cada sussurro em absoluto transe… Eu me questionava: “Mas que tipo de falas o senhor Rokurō Naya vai proferir, hein?”  

Nesse sentido, como são raríssimas as produções com tantos veteranos no elenco, pretendemos que o trabalho seja visto pelos fãs, é óbvio, e, com certeza, pelos jovens dubladores também. Quero que eles perguntem: “Como é que são as falas comoventes?”

— Entre os convidados, há algum personagem que o tenha impressionado mais?

O cavaleiro de prata Misty, feito pelo Yū Mizushima. Eu o achei meio lascivo, bonito, hein… (Risos.)

Eu meio que pensei “É que esse sujeito tem um sex appeal masculino…” (Risos.) 

Misty, que marcou o senhor Furuya. É um personagem formidável, que exala sensualidade masculina

— Por fim, gostaríamos de saber como o senhor está se sentindo ao voltar a dublar o Seiya nesta nova série, uma produção tão esperada.      

Eu me sinto muito bem dublando o Seiya. Em termos de personagem, ele é tosco, mas pode esquentar a cabeça e também botar tudo para fora.

Fiquei feliz pelo fato de a maioria dos fãs meninos se projetar no Seiya. Assim como os cavaleiros do amor e da justiça, acho que consegui transmitir às crianças a mensagem para que jamais deixem de lutar por aquilo em que acreditam.  

Um cavaleiro indomável, Seiya se levanta. O senhor Furuya também quer transmitir a força do Pégaso às crianças de hoje

— Muito obrigado.

2002 — entrevista concedida no estúdio de gravação Tavac

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Aficionado sectário de Saint Seiya desde 1994, sou um misoneísta ranzinza. Impelido pela inexorável missão de traduzir todas as publicações oficiais da série clássica, continuo a lutar. Abomino redublagens.

13 Comentários

  1. Rafael Gratarolli on

    Olá amigo. Depois de 13 anos do lançamento, realizei um antigo sonho e acabei de adquirir as boxes originais. As 5 da série + a Movie Box, e achei maravilhoso encontrar suas traduções, para saber de fato o que está escrito nos lindos booklets.

    Eu estou pensando em imprimir e deixar junto com as boxes! Você me indicaria como fazer isso? Existe uma versão em alta resolução?

  2. Eu li e fiquei muito feliz! um conteúdo excelente ! desculpe a demora para a réplica., Eu não fui notificado, acabei por me perder . continuo vindo aqui. Obrigado por seu trabalho.

  3. Mark [Dih Carlos] on

    Olá, boa noite. Aqui é o responsável pelo cdz.com.br. O Mark.
    Gostaria de propor uma parceria e um forma de ajudar a divulgar esses seus trabalhos extremamente incríveis, estou chocado com a qualidade e o tamanho do trabalho que tem feito.
    Se possível, favor me adicione no facebook.
    https://www.facebook.com/dih.carlos.7

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