Uma das atrações do Tōei Manga Matsuri da primavera de 1989, o último trabalho da tetralogia cinematográfica da série clássica estreou no dia 18 de março e foi exibido em sessão conjunta com os filmes de Osomatsu-kun, Himitsu no Akko-chan e Turboranger. Seguindo a tradição dos eventos anteriores, era facultada aos visitantes a aquisição de um pequeno guia ilustrado dos trabalhos em exibição.

   Munidos de informações a respeito do enredo e dos contingentes de profissionais alocados nas produções, esses panfletos geralmente se limitavam a uma lacônica apresentação dos personagens e à veiculação da sinopse das obras que compunham o festival.  

   Trazendo um compacto da história de Os Guerreiros do Armagedom, o panfleto também presenteou os fãs com os magníficos highlights do média-metragem, as fichas oficiais de Lúcifer e seus acólitos e a letra original do tema sonoro da produção, Soldier Dream.

Obs.: traduzida em 2007, esta publicação foi redigida sob a égide do Acordo 
Ortográfico vigente à época.

Panfleto de Os Guerreiros do Armagedom

Sinopse

   Subitamente, vulcões entram em erupção, tsunamis se formam e uma onda de catástrofes passa a varrer a Terra. Nem mesmo o Santuário da Grécia é poupado. Os cavaleiros de ouro remanescentes são aniquilados por um inimigo desconhecido, e a santa estátua de Atena é destruída.

Mu, Aldebarã, Aiolia, Shaka e Milo são fulminados

—  Então, foi obra sua, não é?

Por intermédio de Lúcifer, Abel, Posseidon e Éris mergulham nosso mundo em infindáveis hecatombes

   Diante da desolada Saori, surge Lúcifer, o anjo caído que foi precipitado no Mundo dos Demônios por tentar sobrelevar a existência de Deus. O rei dos demônios anuncia: “O cosmo de deuses que vocês mesmos degredaram para o Mundo dos Demônios, como Abel, Posseidon e Éris, me fez despertar do meu longo torpor”.

O pérfido anjo caído faz sua aparição

   Seiya, Hyoga e Shun investem contra Satanás, que ordena que Saori se imole em seu benefício, mas são massacrados pelos anjos sagrados do demônio, os quatro combatentes divinos de Lúcifer.

   Para salvar o mundo, Saori se dirige ao Pandemônio sozinha. Ao tomarem conhecimento do sacrifício de Atena, Seiya, Hyoga e Shun se esgueiram para sair do hospital, partindo no encalço da deusa junto com Shiryu.

Hospitalizados, Seiya, Hyoga e Shun recebem a visita de Shiryu

   Os sagrados anjos diabólicos se interpõem no caminho dos cavaleiros, mas a passagem é aberta por Shiryu, que se digladia com Astarote. Contudo, depois de eliminar o inimigo com o Dragão Ascendente de Rozan, ele acaba vitimado pela ofensiva de Belzebu, caindo exaurido.

Gravemente ferido após o gládio contra Astarote, Shiryu é uma presa fácil para Belzebu

   Logo em seguida, Shun vai ao encontro de Éligor, um dos quatro combatentes divinos que obstruem o caminho dos cavaleiros, e Hyoga confronta Moa, permitindo que Seiya siga em frente. Encurralado pelos punhos afiados de Éligor, Shun é salvo por Ikki, que surge no último segundo para sepultar o anjo demoníaco com o Golpe-Fantasma.

   O Cavaleiro de Andrômeda balbucia: “Eu sabia que você viria me ajudar”, mas Ikki o conclama a se levantar sozinho e vai embora.

Farto da dependência do irmão mais novo, Ikki segue em frente

   O impiedoso Moa, contra quem o Trovão Aurora se mostrou ineficaz, projeta uma miragem da querida mãe de Hyoga. “Ainda que tenha de quebrar o lado mais importante do meu coração, eu vou destruí-lo, maldito!” —  e finalmente é trucidado pelo golpe do Cisne.

— Com o sangue de Atena, eu ficarei invencível!

— Então, o seu objetivo era esse…

   No Pandemônio, Saori é atormentada pelos espinhos diante de Lúcifer, que contempla o martírio da deusa com desprezo. Depois da angustiante chegada de Seiya, Ikki e os demais também galgam os degraus, mas o grupo é supliciado por Belzebu e Lúcifer, ficando entre a vida e a morte.

Atena é martirizada por Satanás

   Nem mesmo a resistência suicida de Atena é rival para o grande poder de Satanás. O fim do mundo se aproxima!

“Permita que eu salve Atena!” — as preces dos cavaleiros se unem, e a armadura de Sagitário corta os céus para ampará-los.

   Envergando a armadura, Seiya utiliza o Cometa de Pégaso para fazer Belzebu em pedaços e empunha o arco para abater Lúcifer.

Seiya estraçalha o inclemente Belzebu

   O pérfido anjo caído usa Saori como escudo, mas, nesse momento, tem sua visão ofuscada por um cosmo que fulgura no céu, o poder emanado das 12 casas zodiacais do Santuário. Sem perder tempo, Seiya atravessa o corpo do vilão com a flecha de Sagitário.

   Fazendo ecoar seus gritos de pavor, Lúcifer e os cosmos de Abel e dos outros deuses se consomem nas entranhas de um tétrico vórtice negro.

Pégaso manda Lúcifer de volta para o inferno

 

 

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Aficionado sectário de Saint Seiya desde 1994, sou um misoneísta ranzinza. Impelido pela inexorável missão de traduzir todas as publicações oficiais da série clássica, continuo a lutar. Abomino redublagens.

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