“Se eu puder mudar por intermédio do trabalho, será uma grande recompensa.”

 

Direção de Episódios

     Eu embarquei em “Seiya” na Saga das 12 Casas e, como o universo da obra já estava estabelecido, não pensei tanto assim no método de direção, compreende? É claro que, apesar disso, o período específico de adaptação à produção foi complicado.

   Por algum motivo, enquanto trabalhava, alguém frequentemente morria nas lutas (Risos.), a exemplo do primeiro episódio que dirigi, o 58, no qual o Shaka e o Ikki morrem juntos, e o episódio 67, que tem o acerto de contas entre o Camus e o Hyoga…

Provando sua perícia na direção do antológico episódio 67, o senhor Minokuchi exibiu um estilo mais fluido que o do renomado Tomoharu Katsumata, que havia dirigido o episódio 47, palco do primeiro confronto de Camus e Hyoga

   Depois de entrarmos na Epopeia do Anel Dourado, também fiz o capítulo em que o Thor é derrotado pelo Seiya, mas fiquei com a impressão de que não entendi completamente aquele episódio 77; há uma parte de mim que diz que foi insuficiente, sabe?

Fruto de outra parceria com o diretor de animação Masahiro Naoi, o episódio 77 é marcado, sobretudo, pela cena em que Seiya trespassa o corpo do portentoso Thor

   Talvez seja porque os personagens que compõem o foco da história se alternam em dois ou três episódios, mas, nas vezes em que dirijo, vira e mexe, caem os mesmos personagens. É por isso que os capítulos em que o Hyoga aparece são a maioria, sendo também, comparativamente, um personagem mais fácil de fazer.

   Se tiver de apontar um personagem difícil de entender, no meu caso, talvez seja o Shiryu. Sinto que é o mais prudente; ao passo que o Seiya é simplório… (Risos.)

   Ainda não posso me dar ao luxo de acompanhar o show em função dos personagens, mas, como não é possível escapar do universo de Seiya, significa que o que é demandado pela série não é fácil, não é?

O senhor Katsumi Minokuchi também dirigiu o célebre episódio 71, capítulo no qual a identidade do Grande Mestre é revelada

   Mesmo pensando que o trabalho com animes é realmente muito difícil, acho que, se eu puder mudar por causa deles, será uma grande recompensa.

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Aficionado sectário de Saint Seiya desde 1994, sou um misoneísta ranzinza. Impelido pela inexorável missão de traduzir todas as publicações oficiais da série clássica, continuo a lutar. Abomino redublagens.

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