Autor: Fábio Vaz Mendes

Aficionado sectário de Saint Seiya desde 1994, sou um misoneísta ranzinza. Impelido pela inexorável missão de traduzir todas as publicações oficiais da série clássica, continuo a lutar. Abomino redublagens.

“Quero que vejam o Shun ‘virar homem’ sem falta.” Direção de Episódios    Acho que, em Seiya, há o atrativo de que, se não fosse um anime, não poderíamos representar as lutas em si, não acham? Por gostar disso, Seiya é a produção mais apropriada para mim também.    As lutas são batalhas mortais, é claro, mas, por se tratar de uma fantasia, ou melhor, sendo uma ficção científica, vistas de fora, são belas… É por isso que tenciono continuar mostrando a série desta forma.    Particularmente, o Seiya é o meu personagem predileto, mas, geralmente, acabo sendo encarregado…

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“Estou sempre pensando em como retratar o cosmo.” Direção de Episódios    Na primeira vez que li o mangá, fiquei surpreso com a abundância de ideias, que se sucediam sem parar. Tudo é resolvido com o cosmo. Eu achei brilhante. (Risos.) É por isso que estou sempre pensando em como colocar o cosmo no desenho, sabe?    Ainda que Seiya seja um conteúdo de ação, mesmo sendo por amor, mesmo não havendo óbices, penso que uma causa justa é sempre imprescindível. É por isso que, enquanto a estou retratando, eu quero mostrar que a ação é deste jeito.   …

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“Se eu puder mudar por intermédio do trabalho, será uma grande recompensa.” Direção de Episódios      Eu embarquei em “Seiya” na Saga das 12 Casas e, como o universo da obra já estava estabelecido, não pensei tanto assim no método de direção, compreende? É claro que, apesar disso, o período específico de adaptação à produção foi complicado.    Por algum motivo, enquanto trabalhava, alguém frequentemente morria nas lutas (Risos.), a exemplo do primeiro episódio que dirigi, o 58, no qual o Shaka e o Ikki morrem juntos, e o episódio 67, que tem o acerto de contas entre o…

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“A ideia de ‘luz e sombra’ dos cavaleiros negros foi fascinante.”     Falando do Seiya em que trabalhei, foi só o período inicial da série de TV, mas enquanto fazia, achei a história dos cavaleiros negros daquela época interessante. Esse conceito de frente e verso, de os mesmos cavaleiros aparecerem também entre os inimigos… Então, no caso do Pégaso, se pode retratar a sua dualidade, os dois lados da moeda. A direção do episódio 11 foi um evento marcante para o senhor Katsumata    Talvez possamos dizer que existe a sensação de que os pontos se encaixam ao jogarmos…

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“O meu mundo acabou mudando ao fazer Seiya.”    A primeira vez que me engajei na direção de um episódio de Seiya foi no capítulo 64, “Jovens! Confio Atena a seus cuidados”, mas, além de ter sido muito difícil ir introduzindo outras formas de derrotar a turma de Seiya, o número de sequências também era demasiado elevado… O senhor Matano dirigiu o episódio 64, um capítulo que exala uma atmosfera feérica, distinta da tonicidade da obra original    Considerando que, no meu episódio seguinte, o capítulo 68, eu pude me concentrar nas partes em que deveria mostrar o Afrodite…

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“Em Camus versus Hyoga, finalmente tive uma experiência de verdade como diretor de animação.” Direção de Animação    Antes de fazer Seiya, eu estava em Hokuto no Ken; como desenhava personagens que eram montanhas de músculos, o início foi problemático em função do toque totalmente diferente, entende? Antes de ingressar no plantel de Saint Seiya, o senhor Naoi já havia mostrado seu brilhantismo em Hokuto no Ken, dirigindo a animação de episódios icônicos de um grande clássico da era dourada da animação japonesa. Acima, Ken encurrala Raoh, o terrível Conquistador do Fim do Século    Nos últimos tempos, eu finalmente…

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“Se não for lindo, não é Seiya.” Direção de Animação    Além do trabalho de desenhar, entre outras coisas, ensino autodefesa e, muito embora eu ame as artes marciais, na hora de desenhar animação, pode ser melhor que um leigo o faça, dada a liberdade para exagerar na ação. (Risos.)    No tocante ao desenho, por ser o Araki, é a batida do finado Mushi Pro., certo? Já que eu também estava no Mushi, é uma parceria iniciada desde que o Araki entrou na companhia. Mas o Araki desenha o tempo todo e também é do tipo artista, ao…

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“Eu tenho tratado o Shun praticamente como uma mulher.” Direção de Animação     O timing é afiado, e a composição da tela é sólida nessa produção. Quanto a esses quesitos, é difícil harmonizar os desenhos com os outros episódios para não haver aquela sensação de que as coisas estão fora do lugar.    Das cinco pessoas, como se espera do protagonista, o Seiya é o mais fácil de desenhar, seguido pelo Shun de Andrômeda. Costumo gostar mais do Shun, pois não aparecem muitas mulheres. (Risos.) É por isso que eu o trato praticamente como uma mulher. (Risos.) Profissional superlativo,…

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“Eu amo a valentia do Seiya, que mexe com o meu instinto maternal.” Direção de Animação    Mesmo que só tenha lido o mangá depois de passar a fazer Seiya, já estou com o sangue fervendo, hem… (Risos.) É o meu primeiro contato com os personagens do senhor Araki, mas fico pensando em como alguém pode ser capaz de desenhar figuras tão adoráveis… Com a pressão que também existe em função disso, ando meio pra baixo nos últimos tempos. (Risos.) O episódio 37 é outra obra-prima assinada pela senhora Tomoko Kobayashi    Falando dos personagens, gosto mesmo é do…

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“Desenhar aquela cabeleira do Shiryu é penoso.” Direção de Animação    Inicialmente, eu participava de Seiya fazendo imagens-chave, mas algo aconteceu a um diretor de animação, e acabei entrando em seu lugar de uma hora para outra. (Risos.)    Como não tenho o know-how, a bagagem que possibilita o desenho de homens como o senhor Araki, capazes de continuar incessantemente sem destruir as próprias formas, tive de quebrar a cabeça em muitas partes.    É que considero personagens reais mais fáceis de desenhar. Mesmo desenhando o Shiryu, aquele cabelão é um sofrimento… (Risos.) Acabo com vontade de cortá-lo. (Risos.)…

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