“Eu tenho tratado o Shun praticamente como uma mulher.”
Direção de Animação
O timing é afiado, e a composição da tela é sólida nessa produção. Quanto a esses quesitos, é difícil harmonizar os desenhos com os outros episódios para não haver aquela sensação de que as coisas estão fora do lugar.
Das cinco pessoas, como se espera do protagonista, o Seiya é o mais fácil de desenhar, seguido pelo Shun de Andrômeda. Costumo gostar mais do Shun, pois não aparecem muitas mulheres. (Risos.) É por isso que eu o trato praticamente como uma mulher. (Risos.)
Profissional superlativo, o senhor Sasakado foi encarregado da direção de animação do episódio 70, o desfecho do embate entre Shun e Afrodite, o grande duelo de beldades da série clássica
Ainda que o senhor Shingo Araki seja o meu grande senpai e que eu o conheça desde os tempos de Ashita no Joe, talvez se possa dizer que ele mudou por volta da época de A Rosa de Versalhes… os desenhos foram ficando mais e mais lindos. Ele é um estudioso, sabe.
Devo chamar de estilo Takarazuka*? No final das contas, Seiya não prende a atenção quando os personagens não são formosos. Creio que realmente é uma produção que demanda um poder de desenho dessa magnitude.
Em termos de conteúdo, como se situa nas imediações de um mundo onírico, acho que seria bom se houvesse mais um pouco de aspectos com ares da vida cotidiana. Por exemplo, seria legal se a Shaina visitasse o Seiya vestida com um quimono japonês, não é mesmo? (Risos.)
*Estilo teatral autóctone do Japão, o Takarazuka consiste num gênero dramatúrgico interpretado exclusivamente por mulheres.