“O momento de trocar a música do tema sonoro foi complicado.”
Diretor da Columbia Records
Quando falamos do estrato de fãs de Seiya hoje em dia, apregoamos em alto e bom som que se trata de um público incrivelmente extenso, mas, 2 anos atrás, quando lançamos um disco com a música-tema pela primeira vez, não podíamos antever que faixa de idade haveria de se tornar o público-alvo; assim, se fosse instado a falar, lembro-me de que estávamos inseguros, sabe? Acho que eu posso contar agora, que se tornou um grande sucesso… (Risos.)
Então, foi decidido que faríamos uma coisa ousada, tentando com uma rock band. Convidamos algumas bandas aspirantes e, no fim, a escolhida foi a Make-Up.
Com os arranjos também sendo de autoria deles, não surpreende que tenha feito tanto sucesso que até eu mesmo fiquei surpreso, mas, em abril deste ano, foi determinado que mudaríamos o tema musical, e isso foi um martírio, sabe? É por esse motivo que trocar uma canção de sucesso de uma produção exitosa é um risco.
Embora as preparações para a música tenham começado por volta de dezembro do ano passado, como a banda Make-up, infelizmente, acabou se dissolvendo, chamamos o Matsuzawa (Hiroaki), que era o líder do grupo, para os arranjos e, com o Kageyama (Hironobu) no vocal, finalizamos o novo tema.
Como ele fatalmente seria comparado com o tema anterior logo de saída, havia uma tremenda pressão… Mas a reação foi positiva, não é?
Levando em conta que havíamos pedido ao maestro Yokoyama (Seiji) que se encarregasse do resto da trilha sonora desde o início de Seiya, estando familiarizado com a excelsitude que provém da suntuosidade das canções, do estilo das melodias do maestro e tal, eu já estava tranquilo nesse sentido, entende?
Numa nova empreitada com a orquestra, a próxima fase, a “Saga de Posseidon”, vai ter um concerto de bandolins, sabe? Tendo a música clássica como base, faremos uso da qualidade dos próprios instrumentos acústicos, sem recursos eletrônicos…
Além disso, sendo aprazível por contar também com um quê de ritmo pop, a despeito de sua relação simbiótica com as imagens, a música não apenas evoca o tempero dos desenhos mas também agrada aos ouvidos quando apreciada de forma independente. De fato, não há muitos compositores como o maestro Seiji Yokoyama, não é verdade?
E também, em virtude do grande interesse do pessoal do estafe, a exemplo dos produtores e demais profissionais, as músicas foram muito bem utilizadas dentro da produção; então, é um alívio quando conseguimos entregar a trilha sonora mais apropriada para o trabalho, entende?
É por isso que, embora eu pense que a música também tenha evoluído constantemente, quando comparamos com o início, a forma de produção do anime, seguindo a expansão do estrato de fãs, também se aperfeiçoou ainda mais. Sinceramente, sinto que acabamos chegando a um ponto em que não podemos voltar atrás, não é?