“O meu mundo acabou mudando ao fazer Seiya.”
A primeira vez que me engajei na direção de um episódio de Seiya foi no capítulo 64, “Jovens! Confio Atena a seus cuidados”, mas, além de ter sido muito difícil ir introduzindo outras formas de derrotar a turma de Seiya, o número de sequências também era demasiado elevado…
O senhor Matano dirigiu o episódio 64, um capítulo que exala uma atmosfera feérica, distinta da tonicidade da obra original
Considerando que, no meu episódio seguinte, o capítulo 68, eu pude me concentrar nas partes em que deveria mostrar o Afrodite de forma espalhafatosa, comparado a isso, aquele primeiro foi um inferno, sabe… (Risos.)
Apesar disso, também aconteceu um fato inusitado no episódio 68: sabe-se lá o porquê, nenhum animador homem conseguia desenhar rosas direito… (Risos.)
No que se refere aos cinco protagonistas, não é que o Hyoga não seja totalmente maneiro; ele tem aspectos que não entendi direito…
O Saga, por outro lado, eu entendo claramente; e também, como vocês podem imaginar, vilões singulares e afins são mesmo mais fáceis de operar. Até pensei que talvez pudesse haver mais um episódio nos capítulos finais da Saga das 12 Casas.
Outro talentoso epígono do senhor Kōzō Morishita, o diretor Matano se encarregou da direção do episódio 73, o epílogo da saga mais bem-sucedida de Saint Seiya
Saint Seiya é a maior produção com a qual já lidei, o apogeu da minha carreira. Pelo fato de ter trabalhado com todo o afinco até agora, também se tornou um ponto de virada, digo. É por isso que, graças a esta produção, meu mundo acabou se transformando de uma hora para outra… (Risos.)
Afinal, há também a influência do senhor Morishita (Kōzō), que determinou a rota de Seiya; e, como tenho tido o privilégio de receber vários de seus ensinamentos, eu me vejo como um pupilo dele.
No entanto, como ainda existem muitas e muitas partes que me levam a pensar que deveria ter feito as coisas de uma forma diferente ao assistir às exibições prévias, as lamúrias têm sido uma constante… (Risos.)
Um dos diretores mais prolíficos do épico seriado Hokuto no Ken, o senhor Matano capitaneou o último capítulo da epopeia de Kenshirō, fechando as cortinas do clássico da Tōei