“Mesmo no que concerne apenas à música, Seiya é um drama sublime.”
No meu caso, antes de as produções das quais estou encarregada começarem, eu leio a obra original ou roteiro e vou colocando no papel a imagem de que tipo de músicas é necessário. Então, com base no menu de músicas auferido, participo de um briefing com o compositor. Assim, depois que o maestro compõe as músicas definidas, vou selecionando no catálogo, semana após semana, as canções compatíveis com o episódio que irá ao ar.
A partir desse ponto, ir aplicando as músicas adequadas a cada cena, conforme as instruções do diretor do episódio, é o trabalho do profissional a cargo da seleção musical. Depois, na hora da dublagem, peço para inserirem as músicas na extensão de suas respectivas cenas junto com os efeitos sonoros e afins. Essa é a hora mais tensa. (Risos.)
Na Saga de Posseidon, o bandolim se tornou o eixo, mas, como o maestro (Seiji) Yokoyama tem nos presentado com a composição de músicas centradas nesses tipos de instrumentos em Seiya, vai ficando mais e mais profundo. É outro drama majestoso, não é verdade?
Inspirado na atmosfera da Grécia, o maestro fez uso de bandolins no terceiro filme da série, aprimorando a experiência nas melodias da subsequente Saga de Posseidon
No que tange aos temas dos 5 cavaleiros e tal, o estoque de temas, que começou com a quantidade de 5 fitas, agora chegou a quase 20. Como até agora eu participei mais de animes para meninas, ao fazer Seiya, sinto como se tivesse conquistado um outro universo próprio.
O que me deixou marcada foram a Saga das 12 Casas e a de Asgard; talvez sejam as músicas que apliquei nas partes em que os inimigos vão morrendo… É que eu tentei retratá-las de forma bela com a utilização de cânticos.
A senhora Yasuno Satō selecionou o cântico excelso da cantora lírica Kazuko Kawashima para embalar a pungente confissão de Hilda, que sintetiza as cenas das mortes dos guerreiros-deuses. Composta originalmente para o terceiro filme, a canção O Dilúvio de Deucalião é maravilhosa