“Eu pensava em fazer a personalidade de cada um aparecer também durante as lutas.”
No ofício da edição, incontáveis sequências do filme finalizado vão chegando a cada dia. Eu as organizo e as disponho na ordem do storyboard. Depois, vou configurando as sequências minuciosamente junto com o pessoal da direção de episódios e outros profissionais. Como se obtém um conteúdo mais longo que o tempo de exibição quando o filme é totalizado, trata-se da função de ajustar o filme ao tempo de transmissão enquanto penso, junto com a pessoa encarregada da direção do episódio, numa forma de exibir esse material, ora cortando menos, ora cortando mais.
Faz mais de dois anos que estou totalmente dedicado a Seiya, mas, nas ocasiões em que foi adicionado o trabalho para os filmes, virou uma batalha física, sabe? Realmente… (Risos.) No trabalho, como eu memorizo os desenhos e a história pelos storyboards e roteiros, mesmo que falem dos capítulos mais marcantes de Seiya, para mim, seriam os episódios de cada semana, não é verdade? (Risos.)
Se tivesse de escolher, como os de ação são os meus prediletos, mesmo fazendo a edição, diria que são os que têm lutas dos protagonistas, sabe? Eu penso em colocar ênfase na personalidade de cada um. Porque eles têm um padrão determinado, não é? Todos eles. Em compensação, eu também fiquei atônito quando esqueceram completamente que a Saori é a mais esnobe. (Risos.)
No anime, o amadurecimento de Saori ocorre a partir do décimo episódio
Durante o trabalho, entre outras divagações, me pego pensando “Oh, um sujeito bacana apareceu, hein”. (Risos.) É que, embora o Seiya seja o protagonista de fato, também acontece de podermos achar o Shun e os outros mais legais.
Também me foi permitido fazer este último trabalho para o cinema, mas [a série na] TV acabou terminando. É uma pena, sabe?