“É a produção mais longa entre todos os animes com os quais já lidei.”
Na gravação sonora, somos incumbidos da mixagem, mas pode-se dizer que é o trabalho de unificar sons como as vozes e as músicas. O fato é que, no caso dos animes, havendo os desenhos a princípio, captamos as vozes dos atores por intermédio da dublagem. Se porventura houver vozes fora de sincronia com o desenho, fazemos a edição, ajustando-as aos desenhos. E, enquanto pensamos no balanceamento das canções escolhidas pela pessoa a cargo da seleção musical e de elementos como os efeitos sonoros produzidos pelo sonoplasta, juntamos tudo com as vozes num só áudio.
Bem, como esse chamado balanceamento é complicadíssimo, em Seiya também é assim, mas, nas partes que contêm muitos sons, vira uma mixórdia de sobreposições. Nessas horas, fico num dilema: “Será que elevo a música de fundo?… Ou devo elevar os efeitos sonoros?…”
O trabalho de condensar as maravilhosas melodias e a dublagem com a profusão de efeitos característicos da obra é incrivelmente complexo
Além do mais, embora tenha a função de condensar o áudio, também não posso me intrometer demais. Creio que Seiya talvez seja o anime mais longo com o qual já lidei. É uma produção boa para trabalhar, e acho que a parte em que os cavaleiros de ouro apareceram foi especialmente boa. A música também é boa, mas houve momentos em que pensei que talvez [a série] fosse um pouco complicada para as crianças. (Risos.)
No que se refere aos personagens, um cara como o Shiryu é mesmo galante. Quando a série começou, por ter um clima um pouco diferente das demais produções, fiquei confuso no início, mas, depois de ter continuado por tanto tempo, para mim, também é uma pena que tenha acabado, sabe?