Os inimigos de ontem são os amigos de hoje?!
Mediador: Finalmente, o anime Saint Seiya também chegou a seu último capítulo, mas hoje tivemos a honra de os profissionais que interpretaram Seiya e seus 3 arquirrivais se reunirem conosco para esta mesa-redonda final. Para começarmos o bate-papo, acho que gostaria de dar a palavra ao senhor Furuya, que interpretou continuamente o papel do Seiya em todos os 114 episódios.
Furuya: Entre as produções que eu dublei, Kyojin no Hoshi foi a mais longa, continuando por 3 anos e meio, mas, como Seiya chegou a 2 anos e meio, teve a segunda maior duração.
Horie: O fato de ter continuado por 2 anos e meio significa que é incrível, não é verdade?
Nanba: O mangá também já é serializado há 4 anos, certo? Dizem que, hoje em dia, praticamente não existem obras tão longevas em revistas para garotos… É porque o mestre Kurumada está se esforçando, não é mesmo?
Furuya: No início, quando ganhei o papei do Seiya, eu pensava que devia se tratar simplesmente de um anime de artes marciais voltado para as crianças. Quando me dei conta da incrível prefiguração e do fascínio da história, concluí que era bem profundo, sabe? A partir daí, foi ficando mais e mais legal à medida que eu interpretava.
Horie: Quando recebi a Hilda, Devido ao fato de a série estar em seu período de maior popularidade, acabei me posicionando de forma contrária… Meu coração disparava ao receber os scripts. É que eles estavam repletos de palavras em katakana, e eu não tinha ideia do que elas significavam… (Risos.)
Sogabe: Tinha isso mesmo. No início, eu também não entendia nada. Coisas como “Sanctuary” [em katakana]… (Risos.)
Furuya: Nessas horas, por favor, confiem suas dúvidas a mim. Já que eu domino as linhas gerais. (Risos.)
Horie: É verdade. Se a gente perguntasse qual era o significado de determinada coisa, não importava o que fosse, você sabia. Mesmo acompanhando Seiya, parece que meus pais até hoje não compreendem o significado… (Risos.)
O Seiya instruiu as pessoas que não entendiam Seiya!?
Furuya: No caso do pessoal que faz os inimigos nos filmes, dada a subitaneidade, geralmente ninguém tem ideia. “Mas que diabo de universo é este?!” (Risos.) Então, eu explico tudo brevemente: “Este cenário é assim e tal…”
Sogabe: Faz o papel do explicador?… (Risos.)
Furuya: Algo do tipo. O tiozinho das explicações. (Risos.) É que o personagem principal ajuda em tudo.
Sogabe: Também teve uma vez que eu tinha de pronunciar apenas o título de um episódio… De fato, estava me auxiliando em tudo. (Risos.)
Mediador: Mas, mesmo no que tange aos atores, foi um programa muito esplêndido, não é verdade?
Horie: Só tinha pessoas maravilhosas.
Furuya: Os filmes, sim, foram realmente fabulosos… O senhor Iemasa Kayumi, que fez o papel do Dorbal, também era maravilhoso…
Sogabe: O senhor Taichirō Hirokawa, que fez o Abel, também era magnífico…
Furuya: Deve ser exatamente por isso que os convidados eram todos veteranos. Já no que concerne aos papéis principais, nós nos preocupávamos que todos conseguissem dar tudo de si nas atuações.
Horie: Hã? Sério? (Risos.)
Sogabe: Também é por isso que a classe dos principais estourou.
Nanba: Como fã, também é uma delícia.
Sogabe: Em contrapartida, dentro do estúdio, era um duelo de vida ou morte. Claro, o ambiente era incrivelmente aprazível, Mas, na hora que a lâmpada da performance acendia e ficávamos em pé diante do microfone, atuávamos com aquele espírito que diz que não podemos perder para o outro de jeito nenhum.
Nanba: Nesse sentido, todo mundo era ator principal, não é?
Horie: Mas, Tōru, de vez em quando, você ficava gritando no estúdio: “Eu sou o principal!!” (Explosão de gargalhadas.)
Furuya: Também, se não gritasse, jamais saberiam. (Risos.)
Sogabe: Embora todo o pessoal em volta o reconhecesse… (risos.)
Mediador: Mas, no caso de Seiya, não são apenas os principais; os inimigos também têm fãs. Acho isso incrível. Vocês não acham?
Sogabe: Bem, quando falamos de animes, antigamente, os populares eram mesmo os principais. Foi só com o surgimento de produções como Voltes V e Tōshō Daimos, obras nas quais os vilões também tinham uma espécie de lógica maligna, que os papéis dos vilões bonitos ficaram populares. É por isso que surgiram os conflitos entre os vilões, e eles passaram a ser atormentados.
Horie: É verdade. Tem ocasiões nas quais Seiya termina só com isso por uma ou 2 semanas. (Risos.)
Nanba: É como se o mal não se infiltrasse no drama da justiça, mas a justiça, sim, afetasse o drama do mal.
Sogabe: Assim, como o lado da justiça acredita em Atena, não há muitos conflitos. (Risos.) Entretanto, havendo discórdia entre os inimigos, eles não sabem se confiam na turma de Seiya ou em Arles, razão pela qual os cavaleiros de ouro acabam indo cada um para um lado. Ainda que, no fim das contas, no apagar das luzes, eles acabem acreditando na turma de Seiya.
“Entrei em pânico na hora de fazer os papéis do Saga e do Canon ao mesmo tempo.”
Mediador: Senhor Sogabe, o senhor também interpretou o Saga na fase de Posseidon, não é verdade?
Sogabe: No arco das 12 Casas, o (Akio) Nojima interpretou o papel do Saga bom para mim, mas ficou decidido desta vez que eu acumularia os papéis do Saga e do Canon. É que teria de interpretar os dois ao mesmo tempo, até cenas de troca de golpes.
Nanba: Eu estava vendo na hora da gravação, mas foi demais. (Risos.)
Sogabe: Afinal, também havia um capítulo que começava com as falas “Venci! Ha, ha, ha!” e “Isso não acontecerá, Canon” e que tinha um rolo (cerca de 7 a 8 minutos) só com o Saga e o Canon… (Risos.)
Furuya: Foi desde o começo do episódio… (Risos.)
Sogabe: É por isso que eu já havia entrado em pânico. (Risos.)
Antológica, a tomada da confrontação dos irmãos foi particularmente desafiadora para o senhor Sogabe
Mediador: Por falar nisso, não ouço falar muito de vilões do senhor Furuya…
Furuya: Antes, entre os animes do mestre Leiji Matsumoto, havia um chamado Waga Seishun no Arcadia: Mugen Kidō SSX. Nele, me deram o papel de um vilão chamado Zone. Talvez tenha sido o único…
Sogabe: Isso significa que foram tão poucos que você chega a se lembrar. Eu nem lembro. Também, só tive papéis de vilões. (Risos.)
Horie: E quanto aos papéis de mocinhos?
Sogabe: De mocinhos? Ultimamente, não tive nada. (Explosão de gargalhadas.)
Furuya: Mas, sabe, é que eu estava engajado no Seiya com o pensamento de que ele provavelmente seria o último mocinho que eu faria, ou melhor, o último herói de sangue quente, entende? Pois penso que devo desafiar papéis do tipo que o Hirotaka Suzuoki está fazendo, a exemplo do Sogabe e tal…
Sogabe: Ficou seríssimo de repente. (Risos.)
Nanba: Ei, e esse ar carregado? (Risos.)
Horie: Esta é a primeira vez que ouvi um papo sério desse do Tōru. Ele estava bem pensativo… (Risos.)
Sogabe: Sim. Acho que agora o Tōru realmente chegou ao momento da virada.
Nanba: Sim, hoje o tempo está novamente ruim. (Explosão de gargalhadas.)
Furuya: Mas o que é, hein? (Risos.) No meu caso, seja com o Hiyūma ou com o Amuro, foi assim. Em troca do recebimento desses respectivos papéis marcantes, acabei ficando em branco depois. Então, também para renovar rapidamente esse interstício, novos papéis… Embora eu pense, é claro, que restará uma parte, tanto em meu interior quanto externamente, dizendo que Seiya é o grande trabalho do Tōru Furuya de 1985.
Sogabe: É verdade. Talvez você realmente tenha chegado a um estágio em que precisa provar o gostinho do mal. Mas falar é fácil. (Risos.) Acho que você chegou a essa transição. Contudo, os vilões também têm aspectos estereotipados.
Furuya: O Sogabe é perfeito para papéis de vilões, não?
Sogabe: Então, quer dizer que eu sou estereotipado? (Risos.)
No terceiro filme, o senhor Sogabe tornou a brindar o público com uma interpretação magistral de Saga, o mais popular dos cavaleiros dourados
Furuya: Mas o estereótipo maligno existe no mesmo sentido do estereótipo do bem. Hoje em dia, vez por outra, eu faço esses vilões típicos em animes para vídeo, mas uso as técnicas dos profissionais mais experientes como referência para interpretá-los. Embora não saiba como vai ser a avaliação resultante, eu senti que, daqui para frente, meu caminho talvez seja ir expandindo minha atuação nesse tipo de papel.
Sogabe: Mesmo que os fãs pequenos talvez estejam esperando que você faça os papéis principais, como intérprete, creio que de fato não é apenas isso.
Furuya: Quero roubar as técnicas do Sogabe sem falta e me tornar capaz de interpretar 2 papéis ao mesmo tempo. (Risos.)
Sogabe: Ei! (Risos.)
Mediador: No caso de Seiya, mesmo que se fale em personagem principal, ele foi torturado pelos inimigos em muitas ocasiões, não é verdade? (Risos.)
Furuya: Isso. A atuação consistia apenas em ir se reerguendo depois de cair no fundo do poço.
A força de vontade inquebrantável de Seiya pode ser sentida até na respiração do personagem
Sogabe: Em todo capítulo, era tempo ruim o ano todo. (Risos.)
Furuya: Contudo, se fosse invencível, não haveria margem para que simpatizassem com ele. Afinal, reunir as últimas forças sem desistir após ser torturado é a grande qualidade do Seiya.
Sogabe: Então, após encontrar o ponto fraco de um inimigo que, à primeira vista, parecia invencível, ele contra-ataca… Existe esse apelo, não é verdade?
Horie: Mas, no caso da Epopeia do Anel Dourado, a Hilda era uma mulher, certo? Acho que foi difícil lutar para o Seiya também.
Nanba: Ora, é porque ele é um cavalheiro com as damas! (Risos.)
Furuya: Como foi a primeira chefe mulher, ele estava evitando lutar tanto quanto fosse possível, mas, como era imprescindível bater nela, ele lutou.
Horie: Provavelmente, deve ter sido difícil para o protagonista. Apesar de eu me sentir muito bem… (Risos.)
Sogabe: É um privilégio das mulheres. (Risos.)
Nanba e Furuya: Sem essa! (Risos.)
Horie: Foi o máximo! Então, passei para o lado do bem. Eu peço Perdão. (Risos.)
“É a minha primeira vilã, mas é uma delícia, sabe?”
Sogabe: Droga! O Arles acabou totalmente destruído… em pedaços! (Explosão de gargalhadas.)
Furuya: Mesmo assim, a Hilda foi legal, não é verdade? Especialmente o refinamento que ela exibiu montada sobre o cavalo…
Horie: Ela emerge de forma espalhafatosa com os 7 guerreiros-deuses, não é? Aquilo foi elegante. Foi parecido com Kagemusha, do diretor Akira Kurosawa. (Risos.)
Eterna dubladora da bruxinha Atsuko, de Himitsu no Akko-chan, a senhora Horie imprimiu sadismo na interpretação
Furuya: Trajando um corselete… com o manto flutuante…
Horie: Acabei com calafrios. Pensar que fui eu quem fez este papel…
Mediador: Senhora Horie, a Hilda foi sua primeira vilã, não é mesmo?
Horie: Sim, foi a primeira. Até agora, geralmente garotinhas e mocinhas na adolescência foram mais numerosas, razão pela qual não tenho nem ideia de por que fui escolhida. (Risos.) No início, eu me perguntava se seria capaz de fazer o papel, mas, como havia um monte de atores conhecidos, eu meio que consegui ao dar tudo de mim.
Sogabe: Mas o papel de vilã é prazeroso, não é? (Risos.)
Horie: É realmente uma delícia, sabe? (Risos.) A gente se sente cada vez melhor à medida que dubla. (Risos.) Considerando que sou do tipo sanguíneo AB e penso ser meio bipolar, foi incrivelmente divertido nesse sentido.
Sogabe: Os vilões são totalmente demais. É que não há nada melhor que atormentar os heróis. (Risos.)
Horie: Isso mesmo. Também, o quinteto do Seiya acaba trabalhando em conjunto. E o inimigo é um só… (Risos.) A turma dele é desonesta, não é verdade?
Sogabe: Na época do Arles, também foi assim. No último capítulo, os cinco vieram para cima, enquanto eu estava sozinho. (Risos.)
Horie: Se tivesse de apontar outra coisa prazerosa, seriam os subordinados da Hilda. Transformar em capangas o Yū Mizushima, o Bin Shimada, o Yūji Mitsuya e o Akira Kamiya, meus amigos desde antigamente. (Risos.)
Mediador: Posto isso, teria sido o máximo se não tivessem perdido para a turma de Seiya. (Risos.)
Horie: Foi uma ver-go-nha! (Risos.) Mas não é necessariamente verdade que os guerreiros-deuses amassem a Hilda de paixão. Só o Thor (de Phecda, a Estrela Gama)?… É por isso que eu também estava com bastante inveja da Atena, que era amada pelos cavaleiros. (Risos.)
Nanba: Uma rivalidade entre mulheres… (Risos.)
Horie: Acho que houve uma, hein.
Sogabe: Quando o Seiya e os rapazes lutaram com a Hilda, eles estavam reunindo umas pedras?
Furuya: Isso mesmo. As Dragon Balls. Ah, não eram essas! (Explosão de gargalhadas.)
Horie: Eram as safiras de Odin.
Furuya: Contudo, a Hilda era uma mulher mais atraente que a Atena, não? (Risos.)
Horie: Acho que é a Hilda malvada, certo? Tinha os olhos oblíquos…
Em eventos, Crianças começaram a chorar por causa da voz da Hilda!?
Furuya: Essa. Tenho esse tipo de preferência. (Risos.) Acabo querendo estreitar a amizade…
Horie: Em contrapartida, nos jogos de perguntas durante os eventos de animes e coisas do tipo, após dublar com a voz de personagens boazinhas, eu faço a voz da Hilda e tal… Quando reproduzo a voz dela, tem umas crianças que começam a chorar. (Explosão de gargalhadas.)
Mediador: Mas, senhora Horie, por enquanto, a senhora não está priorizando as músicas em detrimento do trabalho como dubladora?…
Horie: Sim, embora eu continue no elenco regular de séries como Himitsu no Akko-chan. É que, como este ano é o vigésimo aniversário da minha estreia como cantora de músicas de animes, farei um recital.
(Nota: apresentações dominicais no anfiteatro da Previdência Social de Osaka, no dia 11 de junho, e no Tokyo Yomiuri Hall, no dia 25 de junho.)
Dona de uma voz sublime, a senhora Mitsuko Horie foi a intérprete da maravilhosa canção Megami no Komoriuta, veiculada no lendário episódio 30 do anime, O cosmo flamejante do amor
[A pausa na dublagem] É porque acabei ficando terrivelmente ocupada com os ensaios e preparativos do gênero. Contudo, a partir de agora, farei papéis de vilãs. (Risos.) Já que tomei gosto pela coisa ao fazer a Hilda. (Risos.)
Performance musical da senhora Mitsuko Horie no episódio 16
Horie: A princípio, quando vi o Nanba fazendo um papel do mesmo tipo da Hilda em A Grande Batalha dos Deuses, eu pensei que seria legal fazer uma vilã dessa forma. Então, eu o imitei. (Risos.)
Nanba: O Freyr? Mas aquele era um papel de mocinho. (Risos.)
Horie: Hã, não era vilão? (Explosão de gargalhadas.)
Furuya: Apesar de estar no lado dos vilões, na verdade, ele era uma boa pessoa.
Sogabe: Embora o Nanba não preste, o personagem era bom. (Explosão de gargalhadas.)
O senhor Kei’ichi Nanba foi o intérprete original do galante Freyr, o heroico vassalo de Dorbal
Horie: Ei, depois você não estava fazendo um personagem que falava: “O que acha das rosas?!” ou algo do tipo?
Furuya: Esse foi o Afrodite, da Saga das 12 Casas.
Nanba: Aquele é complicado. Porque é o único papel que faz rir em Seiya. (Risos.)
Horie: Mas será horrível se os fãs que estiverem assistindo ao programa pensarem que o Nanba é uma pessoa daquele jeito.
A fã do Afrodite que cortou os lábios com os espinhos de uma rosa…
Nanba: Acabam pensando. Não admira que, quando falo pelos cotovelos nos eventos, há pessoas que acabam indo embora durante minha fala! (Risos.)
Sogabe: Contudo, no que se refere a esta produção, é melhor que pensem em você dessa forma, não? Com certeza, é melhor.
Nanba: Sempre com uma rosa na boca?…
Sogabe: Não estou falando nesse sentido. (Risos.)
Nanba: Por falar nisso, pelo fato de as “Rosas-Piranhas” serem as favoritas entre os pequenos fãs do Afrodite, fiquei sabendo que existem garotas que fazem imitações com essas rosas na boca. Então, teve uma vez que recebi uma carta dizendo que [a menina] acabou cortando os lábios com os espinhos da rosa. (Explosão de gargalhadas.)
Horie: Se não tirar os espinhos… (Risos.)
Mediador: Depois que a série entrou na Saga do Imperador do Oceano, o senhor passou a fazer o papel do Posseidon. Há aspectos da atuação que o senhor tenha mudado conscientemente?
Nanba: Ainda que não seja de modo consciente, acaba mudando de repente. Afinal, o Afrodite realmente é um personagem que eu vinha construindo bastante. Paradoxalmente, como eu me continha bastante para representar o Posseidon, no que tange ao prazer de dublar, o Afrodite é melhor.
Mediador: Além do mais, o Julian Solo, do Posseidon, é um jovem de natureza pura.
Nanba: Talvez seja melhor dizer que, por ele ser uma pessoa nobre, eu tenho de me conter para me encaixar. Por ter muita classe, não combina comigo. (Risos.)
Horie: Sim, não combina. (Risos.)
Nanba: Talvez eu deva dizer que o Afrodite combina mais. Gostava mais dele.
Furuya: A vulgaridade, não é? (Risos.) Mas, em ocasiões como aquela em que o Posseidon circulou elegantemente na festa trajando um smoking, ele estava incrivelmente serelepe…
Sogabe: É que ele estava paquerando a Saori. (Risos.)
Nanba: Mesmo assim, eu compreendo os sentimentos do Posseidon. Vendo a atual destruição da natureza e tal, chega-se à seguinte conclusão: “Aniquile esses humanos idiotas!” (Risos.) Como quem transformou a Terra neste mundo ruim foram os humanos, ele limparia tudo de uma só vez…
Furuya: Ah, a “Arca de Noé”, não é?
Nanba: Entretanto, a turma do infeliz do Seiya tinha de atrapalhar… (Risos.)
Furuya: Bem, os 5 cavaleiros de bronze não estão tentando salvar a raça humana; eles estão tentando resgatar Atena. Ou seja, estão apaixonados.
Nanba: Neste caso, vamos dar Atena aos 5! (Explosão de gargalhadas.)
Furuya: o Nanba certamente queria fazer piadas na época do papel do Posseidon. Tenho certeza disso. (Risos.)
A fúria de Posseidon ao ver o arrimo do Santuário Submarino destruído por Pégaso é uma boa amostra da perícia do senhor Nanba
Mediador: E quanto à impressão resultante da atuação em Seiya?
Nanba: No que se refere a mim, pensei que sou mesmo inexperiente… Eu sou realmente grato ao quinteto de Seiya pela força que me deram ao mostrar alguém tão inexperiente como vilão.
Sogabe: Ave, Seiya! (Risos.) Mas, além de conseguir duelar, no bom sentido, com o pessoal, foi uma produção muito divertida.
Horie: Embora eu tenha ingressado no meio do caminho, foi uma experiência incrivelmente proveitosa pela descoberta de uma perspectiva diferente ao fazer a minha primeira vilã.
Furuya: Como consegui competir com pessoas habilidosas que eram capazes de se ligar a emoções profundas até mesmo por meio de falas bregas… (Risos.) acho que talvez eu também tenha auferido uma boa performance. Abençoado com convidados maravilhosos, eu pude interpretar o Seiya com tudo que eu tinha. Quero que também animem a saga de Hades sem falta.
Mediador: Muito obrigado pela reunião de hoje. Doravante, também rezarei pelo seu sucesso. (Todos aplaudem.)